quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

MONJA



Ó Lua, Lua triste, amargurada,
fantasma de brancuras vaporosas,
a tua nívea luz ciliciada
faz murchecer e congelar as rosas.

Nas flóridas searas ondulosas,
cuja folhagem brilha fosforeada,
passam sombras angélicas, nivosas,
lua, Monja da cela constelada.

Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos,
que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando...

Então, ó Monja branca dos espaços,
parece que abres para mim os braços,
fria, de joelhos, trêmula, rezando...

(Cruz e Sousa. Poesia completa, pp. 8-9)

3 comentários:

  1. deus pra ver a musicalidades entre os versos

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  2. sera que alguem pode me mandar as caracteristicas simbolistas desse poema?

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  3. me chamem no wpp 011966531362 bjs
    menos estupradores e ladroes bay..

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